terça-feira, 25 de maio de 2010

9º Capitulo

Eram oito e vinte e cinco, e meus olhos abriram lentamente, seguido de um breve sorriso, e um pensamento logo foi em mente 'É hoje, é hoje! Eu estava muito animada, fiquei alguns minutos deitada pensando em como seria esta noite, delirante. Logo, levantei e fui direto ao banheiro, escovei meus dentes, me olhando no espelho, e sorrindo sem parar. Desci para a cozinha, e lá estavam meus pais, que em seguida já saíram. Tomei apenas um gole de café, e não comi nada. A ansiedade me impedia de me alimentar direito. E essa hora que não passa nunca... Tomei um banho, liguei meu computador, e resolvi uns problemas com minhas amigas que iriam comigo. A Sophie e a Allison nem iam mais, pois elas estavam de castigo, os pais dela foram chamados na escola, mas no final, elas conseguiram convencê-los. Fui almoçar com minha família em um restaurante, e mais uma vez, não comi quase nada. Mas eu continuava super ativa e ligada, eu precisava que o tempo colaborasse comigo.
Depois do almoço, meus pais saíram e meu irmão também. Fiquei sozinha em casa sem nada pra fazer, isso só aumentava ainda mais a minha ansiedade. Para a minha distração, Lauren me ligou e ficamos horas conversando no telefone, e assim passei um bom tempo distraída. Em seguida, fui arrumar meu cabelo, e assim o tempo passou mais rápido ainda. Quando notei, minha mãe havia chegado, e já eram 6 horas da tarde. Então fui tomar banho, e logo após minha mãe grita:
- Filha, vem comer alguma coisa! – ouvi sua voz vindo lá da cozinha.
- Não mãe, já comi de tarde! – menti.
Eu não conseguia colocar absolutamente nada na minha boca, era impossível eu tentar comer algo naquele momento. Eu só conseguia pensar em uma coisa, Elliot.
Então me vesti e passei maquiagem, muita maquiagem. Eu não estava acreditando que já havia chegado a hora. Minhas amigas foram chegando em casa, e nós fomos nos arrumando juntas.
Prontas ou não, estávamos partindo. Então metade das meninas que estavam em casa foram no carro de uma amiga, e metade no meu carro. No caminho até o evento, minhas amigas não paravam de falar nem um segundo, todas alegres, e só eu no canto olhando pra janela, quieta. Eu estava muito concentrada, aflita e ansiosa.
Quando chegamos lá, ficamos esperando um tempinho até as garotas do outro carro chegarem. Entramos e ficamos no corredor, e eu toda hora olhando para o meu celular. Eu não o-encontrava em lugar algum, então resolvi mandar uma mensagem para ele. A coragem parecia não querer surgir, e eu ficava naquela duvida, se mandava ou não, até que as outras garotas chegaram, e lá me distrai um pouco. Então mandei uma simples mensagem ‘Vai vir?’. Coloquei o celular no bolso, e entramos, estava muito lotado, e tudo escuro, não dava pra ver nada mesmo, só um monte de pessoas. Encontramos mais algumas amigas, e eu ficava olhando para todos os lados, e pegava meu celular sem parar, mas a mensagem não foi respondida.
Se passou algum tempo, e já eram por volta das 9 horas. Alguns garotos vinham falar comigo, mas eu tratava eles mal educadamente. Quando de repente uma amiga minha chega do nada e fala
- Brooke, eu vi ele, o Elliot! Ele está aqui.
Então eu entrei em desespero e imediatamente falei:
- Onde? CADÊ? Onde ele está?
Fiquei olhando para todos os lados, e ela disse:
- Não sei, olhei pra cara dele e ele saiu andando e sumiu, tentei te ligar mais você não atendia o celular. Vem cá, vamos procurá-lo.
Então fiquei andando o local inteiro, dei voltas e mais voltas e ele não estava lá. Em nenhum lugar. Onde é que ele se meteu? Eu chegava a ficar arrepiada só de pensar que eu estava próxima de reencontrá-lo.
Então minha amiga ligou para ele e uma jovem atendeu e disse 'Ele saiu de casa faz uns 15 minutos.' Ou seja, tudo indicava que ele já estava lá mesmo. Mas após horas, minhas chances foram diminuindo, e eu resolvi parar e procurá-lo.
Então fiquei parada, pensando... Aliás, um dia ele ia aparecer. Então encontrei o Joe, que era amigo dele também, fui falar com ele:
- Você viu o Elliot por aí? Ele disse pra mim ontem que vinha, e minha amiga disse que viu ele por aqui .
Joe fez uma cara de assustado e falou:
- Oxx, ele disse pra mim hoje a tarde que não viria mais.
Meus olhos lacrimejaram, e eu fiquei mais pensativa do que nunca. Minha amiga havia visto ele... Será que ela o confundiu com outro? Permaneci a noite inteira quieta, andando, querendo ficar sozinha.
Eu estava decepcionada. Então a noite foi passando e Allison beijou um garoto, e depois disso não a vi mais. O mesmo aconteceu com a Sophie. Parei num canto e lá fiquei, a festa foi se acabando... O pessoal foi indo embora. E a ficha ainda não havia caído para mim. Uma noite tão esperada pra mim, fiquei noites sem dormir. E como ele pôde fazer isso comigo? Sem ao menos me avisar que não viria... Nenhuma lágrima se quer saiu.
A festa acabou, meus pais vieram me buscar. No carro, estavam todas felizes, e eu fiquei o tempo todo em silêncio, encostada no vidro, simplesmente DECEPCIONADA. Como? Por que comigo? E então comecei a passar mal, acho que pelo fato de eu não ter comido nada o dia todo. Meu estômago foi embrulhando, eu fiquei tonta, estava morrendo de calor, além da noite, estar muito fria. Segurei-me, cheguei em casa, e nem pensei em comida, fui direto para meu quarto. Fechei a porta lá fiquei, sentada no chão, com a cabeça baixa, paralisada. Não conseguia pensar em nada, suspirei fundo, e lá fiquei durante alguns longos minutos, eu estava inconformada. Eu fui muito boba, mais uma vez. Eu estava tão animada, a semana toda... E no fim da noite, só me restaram lembranças de mais um pesadelo que não tem fim. Tirei toda a minha roupa, lentamente, e deitei na cama, sem ao menos tirar a minha maquiagem, eu não me importava em como iria acordar no dia seguinte, alem do mais, não queria nem que o próximo dia chegasse, queria dormir eternamente aquela noite.
Sem ao menos perceber, dormi num piscar de olhos, meus sonhos foram longe de comum, sonhei com garotos do passado, amores não correspondidos. Foi algo realmente irreal, e muito estranho. No dia seguinte, estava nublado, era um dia como qualquer outro acordei pensativa, e muito quieta. Passei a tarde inteira em casa, nada iria me fazer reanimar, ele ficou online, e nem se quer me deu um OI. Ele sempre vinha falar comigo. Nem uma explicação qualquer, aliás... Não havia explicações. E o mais estranho foi, que nenhuma lágrima se quer escorreu de meus olhos.

domingo, 23 de maio de 2010

8º Capitulo

É sexta-feira, e eu não poderia estar MAIS feliz, bom... Eu poderia sim. A aula de manhã foi incrivelmente chata. Mas, agora estou conversando com o Elliot no messenger, e ele ta quase desistindo de ir na festa amanha, como pode? Ele diz que terá pessoas que ele odeia lá. Mas aos poucos eu to convenci ele a ir, com meu jeitinho meigo de ser. Sabe, quando você nasce com um dom, não podemos fazer nada, apenas usá-lo.
Ontem de noite, eu quase não dormi, e acho que hoje será pior ainda, a tensão vai cada vez aumentando. Hoje fiz prova, e fui totalmente mal, eu sei que fui, mas quem está se importando com isso agora? E eu precisava muito dessa nota, mas infelizmente.. não foi dessa vez. Ainda tem mais dois trimestres pra eu recuperar isso, não é caso de vida ou morte. Como sempre, eu colocando Elliot tem primeiro lugar na minha vida, e mais uma vez, vou sofrer, e mesmo assim eu continuo. Parece que eu to procurando isso, parece que eu já sei o final dessa história, e não é como os contos de fada, na vida real, raramente tem um final feliz.
Para a minha distração, hoje é aniversario da Allison, e eu fui na casa dela, com o Matt, a Sophie e mais uns amigos. Enfim, passei a tarde lá e foi muito legal, admito. Me diverti bastante com eles. É tão bom estar ao lado de seus melhores amigos, não acha? É uma sensação tão boa, você se sente protegida. Os meus amigos, são como minha segunda família, eu amo todos eles, de verdade! E eu não conseguiria viver, se algum deles saísse da minha vida, sério. Eu preciso de todos para viver, pois cada um tem uma qualidade diferente, e isso faz com que se tornem mais especiais.
Enfim o final do dia chegou, o sol está se apagando, a noite está mais fria. Mas as estrelas não brilham como antes, e ele não está aqui comigo. Enquanto eu estou aqui tentando entender o motivo de tudo isso. E quando a noite cai, a única coisa que me acalma, é olhar para o céu, e me encantar com aquela única estrela, a mais intensa, brilhante e incrível. Elliot percorre meus sonhos todas as noites, e é o dono dos meus pensamentos, durante o dia. Sinto um vazio por dentro, que só poderá se completar, quando eu o encontrar. Eu assim, eu poderei sentir o seu abraço novamente, os seus beijos, escutar aquela risada, ouvir sua voz bem perto de mim, e poder dizer que eu realmente estou feliz.
Deslizo pela parede até enfim me largar na cama, e ali ficar por horas que pareciam apenas minutos. Ouço o barulho das arvores bruscamente, e uma leve chuva caindo diante do telhado. Queria poder dormir, mas não posso me perder nos meus sonhos que nunca se tornarão realidade. Sonhos, que não passarão de apenas sonhos. Que fazem me iludir, chorar e até mesmo rir. Fazem-me perder a noção de sentido, tempo e espaço. Fazem-me querer parar de viver, ou viver cada dia mais. Fazem-me ter múltiplas opiniões e sentimentos. Fazem-me sonhar, sem ao menos fechar os olhos.

7º Capitulo

É quinta-feira e a ansiedade não poderia ser maior. Como três dias podem passar tão lentamente? Eu me sinto sufocada, e a tensão está cada vez aumentando. Quando deito em minha cama, o sono se ausenta. Estou com um pouco de gripe, e isso me enfraquece mais ainda, os remédios que estou tomando me deixam com sono de dia, e em alerta de noite, isso não me faz dormir direito. Na escola estou cada vez mais entediada, nenhuma aula legal, nenhuma novidade. Meus suspiros são fortes e lentos, quando me dirijo a falar sobre o Elliot. Faltam apenas dois dias, basicamente. Mas parece que amanhã será o dia mais longo e chato de todos: A véspera. Por um lado, eu estou muito contente, pois é aniversário da Allison, ela faz 14 anos, e talvez iremos comemorar em algum lugar só com os amigos mais íntimos, legal não? E talvez ela faça uma festa também, por outro lado, de manhã tenho prova de matemática, e eu necessito ir muito bem nela, pois se não estou ferrada, literalmente! E eu não consigo estudar nem mais um segundo, o que depende agora, é a minha sorte, que não está muito presente comigo nos últimos tempos. Mas tudo vai mudar, eu sei que vai.
Não cheguei a falar com o Elliot ainda hoje, mas ele permanece online. Não farei nenhum esforço para falar com ele, pois sempre quando vou chamá-lo, ele nem me responde direito, mas sempre quando é ele que vem falar comigo, ele é muito legal. Talvez porque quando eu o chamo, ele não está numa boa hora para conversa, por isso que não veio falar comigo antes. Passei a tarde inteira em casa, talvez por preguiça, ou talvez por mera concentração. Estudei míseros minutos para a prova de amanhã, não tenho paciência com matemática, literalmente. Mas estou muito confiante que eu vá bem, eu espero. Enfim, espero que amanhã o dia passe mais rápido, não agüento mais tanta ansiedade, é como se um dia fosse... Uma eternidade. Não mereço tudo isso, mereço? Ai quando eu vejo, o sábado já acabou, e tudo que eu esperei durante longos dias, acaba em poucas horas, e não passarão de pequenas lembranças.

6º Capitulo

É quarta-feira, e as horas parecem passar cada vez mais devagar, os minutos pararam, o segundos nem existem mais. Tive que acordar cedo, pois tinha aula, e infelizmente o feriado havia acabado. Mas foi muito bom, muito bom mesmo. Estou tão alegre agora, tão aliviada e calma. Como é bom acordar mais uma vez, e saber que o amor ainda existe, em saber que tudo está no mesmo lugar quando fui dormir noite passada. Mas, o meu corpo enfraquecia e eu arrepiava só de pensar se ele vai mesmo no sábado. Como posso amar alguém tanto assim? Chego a me sufocar só de pensar nele. Sentindo seu corpo ao meu, olhando em seus olhos verdes vívidos eu chego a suspirar de tanto prazer. Elliot me faz viajar muito alem do real, queria que estivesse aqui, ao meu lado, mais porque não está? Eu fico contando os segundos, até o tão esperado dia chegar, mas é como se eu estivesse esperando um mês, ou um ano. Nada passava tão devagar quanto este dia, por mais que eu estivesse longe do mundo real, a única coisa que eu pensava era em Elliot. Eu olhava seguidas vezes no relógio, e não passava nada alem de poucos minutos, precisava me distrair, me exercitar. Essa angustia parece não acabar nunca, porque será que este dia está passando tão devagar? Eu quero que chegue logo o momento de tê-lo de novo em minhas mãos, de poder abraçá-lo, de sorrir só de ver ele sorrindo, de olhar profundamente em seus olhos, de poder sentir seu beijo, mais lentamente e intenso possível, AQUELE BEIJO. Do qual eu nunca mais esqueci, desde a primeira vez, é este beijo que eu sonho todas as noites que um dia eu possa ter o prazer de sentir mais uma vez, seus lábios tocando nos meus, é algo irreal, algo inesquecível. Não perco as esperanças de tê-lo eternamente para mim, o que eu sinto por ele, é algo muito mais do que o existente.
Será que ele só quer ficar comigo e nada mais? Ele parecia não ligar mais pra nada, estar meio largado, desde a ultima vez que falei com ele. Como assim? E aquele velho Elliot todo meigo de antigamente? Se foi junto com o amor que ele tinha por mim? É o que aparenta, ele não quer nada sério. Mais eu vou embalar na dele, sem me envolver totalmente, não quero mergulhar de cabeça neste lugar tão arriscado pra mim. Se ele quer mesmo, ele vai correr atrás, não posso me entregar desta forma, eu tenho que me alto valorizar, mas mesmo assim não posso deixar chances escaparem assim. Eu sou tão fraca... é o amor, é o sentimento que me predomina totalmente, e me faz ficar assim, noites acordadas sem dormir, pensando nele, meu único amor. Às vezes eu sinto feliz por ser assim. Ter alguém que eu posso ficar comentando horas com minhas amigas, aquele alguém que faz minhas pernas enfraquecerem só por passar ao meu lado, ter alguém por quem eu possa chorar, nem que for de felicidade, aquele alguém de que quando eu ouço alguma musica, eu me identifico. É muito bom estar apaixonada, é uma das melhores épocas na vida de qualquer pessoa, por mais que doa muito, você aprende demais com isso, aprende com os erros e as mancadas, aprende como amar alguém de ver, alem de não ter um jeito certo para isso, Pois cada um ama de um jeito, ninguém é igual a ninguém, mais com certeza todos acham um outro alguém que ti complete.
Á, se ele soubesse o quanto eu o amo, ai sim ele me daria o valor merecido, ele não imagina o quanto eu sofri por ele, não imagina como é o meu dia-a-dia, a única coisa que eu vivo é por ele, com ele, dele, sem ele.. eu não conseguiria, eu perderia forças, para todo o resto da minha vida, eu sentiria um vazio enorme em meu peito, que nunca mais seria preenchido, nem se fosse a pessoa mais bondosa do mundo. Enquanto eu fico pensando horas nele.. ele deve estar preocupado com outras coisas, compromissos, outras garotas.. Bom, não pense que eu sou uma desocupada, eu também tenho meus compromissos, mas o mais importante deles, é pensar nele. Por mais bobo que seja para qualquer um, para mim não é. Para mim é especial, é doce, é encantador, e prazeroso. O que eu faço agora? Minhas esperanças ainda restaram, minha ansiedade aumenta cada vez mais. Mas porque tudo isso? E se ele não aparecer? Respirarei fundo e darei mais um passo, pois é com meus tropeços que eu vou ficar cada vez mais forte. Mas abaixar a cabeça, JAMAIS. Quantas vezes eu já disse pra mim mesma que ele não presta? Muitas. Mas eu continuo o amando, com todas as minhas forças. Isso parece tão injusto...

5º Capitulo

Enfim o feriado chegou, e eu não poderia estar mais animada. Nada melhor do que ir pra praia, e esquecer de absolutamente tudo que estava ocorrendo em minha vida. Não levei nenhum amiga comigo, pois queria um momento só meu, para refletir, pensar e descansar muito.
Quando cheguei lá, encontrei minha amiga Tiffany, lá do prédio onde tenho apartamento, tem muitos adolescentes da minha idade, todos muito legais. Então ficamos lá, conversando e contando das novidades, boas e ruins umas pras outras. A noite foi chegando e nós não tínhamos nada pra fazer. Ficamos pensando se íamos sair, se íamos chamar alguém pra ir pra lá, fizemos alguns telefonemas, e nada. Nós não podíamos sair naquela noite, então lá ficamos com o resto do pessoal do prédio que também não podia sair, ou seja, as crianças de 10 anos, e uns garotos de 13 anos, no máximo. O prédio não estava muito cheio além de ser feriado. Meu irmão trouxe uns amigos mas eles ficaram só um tempinho lá, e foram embora, infelizmente. Lá, o porteiro que chegava as meia noite, era amigo de todo mundo, então ele sempre contava umas historias de terror, e nos divertia de madrugada. O pior é que o prédio é cheio de fofocas, e o porteiro era o único que sabia que absolutamente todas elas. Tudo acontecia lá... de noite! Já era por volta das 1h da manhã, quando Luke, meu irmão, me chamou para subir e eu fui reclamando, claro. E ele logo em seguida desceu sem eu perceber, o pessoal que estava lá em baixo, foram comer, dormir etc. e quem sobrou foi o Luke e Tiffany. E alguma coisa rolou...
No dia seguinte, acordei bem cedo e fui pra praia. Não podia desperdiçar mais nenhum raio de sol, coloquei um biquíni, um vestido e meu óculos.
Chegando lá, sentei em minha cadeira, coloquei meus fones de ouvido, e permaneci durante algumas horas olhando o mar, relaxando, e vendo as pessoas passarem. Eu sentia aquele vento leve em meu corpo, aquele sol me aquecendo, foi realmente muito relaxante. Alem de não ter muita gente na praia, aproveitei mesmo é para dar uma boa descansada, esquecer de tudo que rolava em minha cidade. Depois de um certo tempo, cansei daquela moleza, não agüento ficar muito tempo parada. Então fui dar uma volta sozinha na beira da praia, bem lentamente eu sentia as ondas do mar tocarem minhas pernas, lembrando de Elliot acariciando-me, o vento levantar meus cabelos e me fazer arrepiar, lembrando de como Elliot adorava brincar com os fios lisos e compridos de meus cabelos. As pessoas nem notavam a minha presença por ali, eu passava despercebida. E era como se eu não as notassem também. Eu estava tão fora de si que era como se eu estivesse em uma praia deserta, apenas eu e meus pensamentos, longe de tudo que há de real.
Fiquei horas caminhando sozinha, acompanhando as minhas fantasias, depois fui direto para o apartamento, tomei um bom banho e me arrumei. Meu amigo Matt disse que ia aparecer lá, porque queria falar comigo. Tiffany me chamou, e nessa hora eu ainda nem sabia do ocorrido na noite passada. Então ela me contou tudo, fiquei sem reação, pois jamais imaginaria ela com meu irmão! Já que Tiffany uma época era apaixonada pelo meu primo.
E de repente todo o prédio já estava sabendo. Como? As noticias correm muito rápido lá. Nada se consegue fazer escondido, por mais que as luzes estejam apagadas. Então o dia foi se acabando, e nada de mais havia ocorrido, Tiffany e eu ficamos embaixo no prédio, jogando baralho, conversando, escutando musica, com o pessoal de lá onde todos eram amigos! Não havia inimizade, por mais das diferenças de idade, andam sempre todos juntos, isso que eu adoro. A noite foi caindo, e de repente meu celular toca. Era uma mensagem de Elliot. Ele também estava viajando, então começamos a trocar sms e acabamos combinando de nos ver no próximo sábado.
Fiquei muito animada com as mensagens, e não conseguia parar de responder, quando então o assunto acabou. Tava cada vez mais tarde, meu irmao Luke havia saído pra balada já, era por volta de meia noite.E eu só pensava no Elliot. Só pensava que sábado já estava chegando, e que eu vou vê-lo. O que resta agora, é esperar e ver no que vai dar esse encontro.

4º Capitulo

Com as provas chegando, trabalhos, atividades e mais lições de casa caem todas em cima de mim, me sinto pressionada com tudo isso. Com dois enormes problemas na cabeça – Elliot e minhas amigas – ainda tenho que pensar em escola?
Parei um pouco de estudar, e entrei no computador. Elliot veio falar comigo, como se fossemos amigos, só amigos. Resolvi dar uma chance, e a conversa rolou, durante algumas horas. Depois de um certo tempo, ele começou a ficar seco comigo. Porque será? Nós estávamos se dando tão bem, será que eu o pressionei demais?
E assim eu vou ficando cada vez mais sentida. Sentindo um leve vazio em meu peito, como se alguém tivesse a roubado meu coração, e roubou. E com os problemas da escola e de minhas amigas, eu acabei esquecendo o Elliot um pouco. E logo vai chegando um feriado, e eu fico cada vez mais animada, pois talvez vou pra praia. E assim vou descansar de toda essa vida agitada e confusa... Vai ter uns dias de folga era o que eu mais precisava agora! Olhar o mar, relaxar...
Depois de muito choro, eu me resolvi com Sophie e Allison, e talvez com a Lauren também. Eu falei tudo que tinha visto naquele sábado para elas, não agüentei. E o mundo desabou, nossa amizade enfraqueceu demais, só que nada a ponto de acabá-la. Ela me pediram desculpas, e me falaram mais um monte de coisas, que eu acabei chorando sem parar. Elas são incríveis, e amizade como a delas, eu com certeza não vou achar em lugar algum. Estamos todas preocupadas com as provas, por isso deixamos de lado toda essa bobeira. Alias, brigar pra quê? Quando se tem uma ótima companhia para estudar. Eu consigo me divertir com elas, até na hora da lição.

Eu sempre pensava em tudo que havia ocorrido naquele sabado no shopping, sempre. Aquele pensamento surgia em quaisquer horas. O pior é que parecia que para Sophie e Allison estava tudo normal, e pra Lauren? Nem se fale. Parecia que elas nem ligavam pra nada, sabe? Mais mesmo assim, eu estava feliz. Fingia não ligar para os detalhes não muito importantes. E afinal, é passado, não adianta viver eternamente pensando em tudo que você fez, ou deixou de fazer, em tudo que você ganhou, ou deixou de ganhar. Já foi, e agora tenho que ter um olhar sempre no futuro. E eu estou só com um pensamento agora – os estudos. – Sim, isso mesmo. Agora que eu to no nono ano, já estou a um passo para o ensino médio, eu cresci. E mais um passo para a vida adulta, e quero me ligar muito nos meus planos para o futuro. Preciso tirar notas excelentes esse ano, para minha mãe ficar impressionada e ver que eu tem capacidade o suficiente para estudar em uma escola melhor. Ao contrario do Luke, meu irmão mais velho, que nem liga para os estudos. Ele já repetiu até no inglês. Eu sonho em ser alguém nada vida, alias, quem não sonha com isso? Mais eu quero ser muito mais! Apesar de morar em uma pequena cidade, onde talentos não haviam ali, eu pensava muito mais alto do que se imagina. Aos 18 anos, pretendo fazer faculdade em São Paulo, quem sabe morar por lá, tudo mais perto do que eu sempre sonhei. Morar num pequeno apartamento, sozinha ou com uma amiga, tipo a Lauren que também quer fazer parte dessa área, eu acho... Se apaixonar? Não sei, de repente apareça um novo Elliot, e que vai acabar com minha vida profissional inteira? Isso não está nos meus planos.
Enquanto isso, só estudo. Terça-feira cansativa... Me deitei em minha cama por volta das 23 horas, com meu corpo todo doendo.Mais um dia se passou, quanta correria, eu não agüento mais.Peguei meu celular ao lado da cama junto com os fones de ouvido, e ouvi a ultima musica para dormir bem, a musica dele... Elliot. Ele fez pra mim, enquanto namorávamos. E disse pra eu escutá-la sempre que sentir saudades da sua voz. E eu ouço toda noite, pra dormir.
Sabe, às vezes eu fico um pouco triste com a Lauren. Eu gosto do Elliot, mais ela não parece muito aceitar isso. E ainda mais, ela... que beijou ele. Eu queria ter uma amiga, que ouvisse tudo do cara de quem eu gosto, por mais que ela não goste dele, EU GOSTO! Ele não é confiante, me fez sofrer, chorar... eu to ligada de tudo isso, mais o que eu posso fazer? O amor é um sentimento muito forte, e é praticamente impossível tentar detê-lo. Então meus olhos se fecham lentamente, meu corpo tomba para o lado, e lá adormeço, ouvindo a doce voz de Elliot a cantar em meus ouvidos.. Começo a sonhar, com ele sempre vagando por todos os lugares. Cada noite, um sonho melhor que o outro, será que talvez algum dia, possa se tornar realidade? Disto eu tenho esperanças, pois o que eu não quero, é desistir.

3º Capitulo

Os dias foram se passando, e ele não voltou. Não apareceu, nem deu notícias, é como se ele nem existisse mais neste mundo. Apenas nos meus pensamentos.
Com o tempo, voltei a falar com minhas melhores amigas: Sophie, Allison e Lauren. As três tem 14 anos, e eu sou a mais velha. Mesmo sendo grudadas, vivemos em constantes brigas, e eu e a Lauren somos mais intimas, um pouco afastadas das outras.
Sophie namora com Aaron, eles estão juntos a pouco tempo. Eles são um casal, vamos dizer ‘estranho’, pois um não tem nada haver com o outro, más alem das diferenças, ambos se amam muito, eu vejo isso em seus olhos.Allison, é a mais santinha, mas que esconde um verdadeiro segredo dentro de si, um segredo que eu acredito um dia descobrir. Ela é reservada, e muito discreta, não gosta de chamar atenção de ninguém, e vive sofrendo por amores platônicos.
Já a Lauren, não sei oque dizer, somos como carne e unha. Mantemos uma amizade intensa à tempos, e temos planos até para o futuro, espero nunca perder contato com ela. Pra mim, ela é como uma irmã, uma irmã que eu nunca tive.
Um dia estávamos na aula, discutindo o que iríamos fazer no próximo sábado... Sophie, como sempre, iria sair com o Aaron. Allison, tinha uma festa com os familiares, e Lauren tinha muitos trabalhos acomulados do seu inglês.
Não sei o que está havendo, nós sempre saíamos juntas, SEMPRE. E agora estamos tão distantes, os tempos mudaram... Fiquei um tempo desligada delas, e agora que voltei, nada é como antes. Estamos crescendo e cada uma está seguindo um rumo, só acho isso cedo demais. Ainda temos o colegial pela frente, e a faculdade.

Chegou sábado e cada uma foi para seu canto. Já que não tinha nada para fazer, eu resolvi ir sozinha, ao shopping. Só queria caminhar, pensar um pouco na minha vida, no passado, no Elliot. Por mais que eu não queira, ele está lá, nos meus pensamentos mais profundos, e era impossível tirá-lo. Seria como se arrancassem meu coração, eu não viveria mais.
Quando chego lá, me deparo diretamente com uma mesa, onde se encontrava Sophie, Aaron, Allison, Lauren, e inclusive ele, Elliot. Fiquei parada ali, notando seus movimentos, e impressionada com oque eu estava vendo. Mais pera aí, e os múltiplos compromissos que cada um tinha? Já entendi. Eles não queriam me chamar. Mas havia um porquê, eu sei que havia...
Continuei observando-os de longe, discreta e escondida. Eu sei que não é bom espionar as pessoas, mas naquela hora era mais do que necessário.Os minutos foram passando, e quando percebo, lá estava Elliot, tocando os lábios de Lauren. Mais uma cena se acontece, cenas que eu não queria ver, mas continuava ali, parada, olhando sem parar. Eu não entendia a minha reação, eu não me entendia, literalmente. O quê é que está havendo aqui? Primeiro meus amigos não me chamam, mentem pra mim, e tudo isso, para eu não ver Elliot com Lauren?Por onde ele andou todos esses tempos? Escondido por ai, com ela? A minha melhor amiga? A minha irmã? E que eu saiba, Lauren nunca apoiou meu namoro com Elliot... Agora eu entendo, ela tinha ciúmes, pois estava completamente apaixonada por ele, como eu.
As lágrimas começaram a cair sem parar, e eu não conseguia nem se quer sair do lugar. Aquela cena era forte demais pra mim, meu coração não agüentava tudo isso.Quando não consegui mais, e fui direto para casa.
Cheguei, e as lagrimas continuavam rolando sem parar. Eu não conseguia entender por quê é que tudo aquilo estava acontecendo comigo. Eu estava meramente inconformada.Queria sumir do mundo, queria dormir, e nunca mais acordar. Tudo aquilo era demais pra mim, por mais um momento, eu sentia meu corpo doer, minha alma querendo sair, querendo me deixar... Meu corpo me traía. Assim como meus amigos fizeram. E eu não tinha ninguém à quem decorrer, Ninguém. Eu estava sozinha... Apenas eu e meu coração, que estava preste a me deixar.
Assim eu dormi, por volta das 4 horas da tarde, e só fui acordar às 10 horas da manhã do outro dia. Eu acordei tão bem, pensando que tudo aquilo não passava de mais um dos meus pesadelos, quando me toquei, não era. Era o único pesadelo do qual eu tinha mais medo, a realidade.
Era domingo, e como sempre combinávamos, de nos encontrar na sorveteria, era de lei isto. Eu resolvi ir. Lá estavam Lauren, Allison e Sophie, sentadas em uma mesa. Fingi não saber de nada. Elas estavam muito sorridentes, como se realmente nada tivesse acontecido. Sentei com elas, e lá fiquei. Mantive meu silencio, e resolvi esquecer tudo que eu tinha visto no sábado passado. Aquelas cenas, podem ter sido apagadas da minha memória, mas do meu coração, nunca.

2º Capitulo

Os meses foram passando, e eu me apaixonei perdidamente por ele. Nos vimos todos os dias, sempre depois da aula. Ele era dois anos mais velho que eu, e estudava em uma escola próxima à minha.Nós começamos a namorar no começo de Novembro. Ele compunha musicas, tocava violão, e eu fazia poesias. O-ajudava na letra de suas composições. Ele era realmente muito talentoso.
Eu larguei tudo. Meus melhores amigos... via eles raramente; minha família... só na hora do jantar, quando eu tinha vontade de jantar né, mesmo assim, eram apenas poucas palavras; a escola... eu estava indo muito mal nas prova, não tinha mais paciência, nem concentração.
Minha vida se resumia em apenas uma palavra, um garoto: Elliot.
Ele era o dono dos meus pensamentos, dos meus sonhos, minhas fantasias e meus medos. Eu achava que havia encontrado meu grande amor. Meu único amor.
Quando de repente, ele desapareceu. Não o-vi mais, não me telefonou, não me mandou mensagens, nada. Eu não o-encontrava em lugar algum, o telefone... não existia mais! Eu mandei inúmeras mensagens, e nenhuma foi respondida.
Relembrando todos os momentos, eu caio de joelhos. Nós costumávamos tomar café da manhã juntos, mas dois ovos não duram, como a sensação da qual eu preciso.
Ele tem percorrido meus sonhos, todas as noites. Os vizinhos disseram que ele se mudou para longe, engraçado como choveu todos os dias, e eu não tinha pensado muito nisso até então. Mas agora, tudo começa a fazer sentido. Eu posso ver, que todas essas nuvens, estão me seguindo em meu empenho desesperado, para encontrar o meu alguém, aonde quer que ele possa estar.
Agora a chuva está apenas o-lavando dos meus cabelos, e da minha mente. Eu precisava esquecê-lo imediatamente.
Foi a pior dor que já senti em toda a minha vida. Durante meses eu sofri, pensando nele. Só nele. Ele realmente soube como me fazer se apaixonar de uma forma muito bruta.Eu queria parar de pensar nele, mas não conseguia. Parece que ele me perseguia em pensamentos. Eu olhava nossas fotos juntos, escutava suas musicas. E nada me fazia tirá-lo da minha mente.
Elliot nao foi uma simples pessoa pra mim, não foi só mais um. Ele era diferente, eu acreditava nisso. Eu lembro de tudo que aconteceu com agente na tarde em que o-conheçi. Todos os dias, aquelas cenas vagavam meus pensamentos. E eu não conseguia fazer com que isso saísse de mim. Não conseguia, e eu estava presa numa realidade jamais vista antes.

1º Capitulo

Elliot, um cara misterioso, meigo, e muito bonito.Era final de Julho, quando nos conhecemos, sua voz era doce, e ao mesmo tempo impunha muito respeito.
Por volta das quatro horas da tarde, entrei pelas portas do shopping quase correndo de encontro ao meu amigo, Joe. Eu estava atrasada por causa da minha mãe, que não queria de jeito nenhum me levar, então resolvi ir andando, assim causando um certo desacordo com o tempo. Chegando na praça de alimentação, o-avistei de costas, sozinho e inquieto. Joe nunca foi paciente, e eu sempre perdia a hora. Aproximo-me dele, o-abraço com muita força e digo:
- Joooooe, me desculpa! Me atrasei, de novo. É que minha mãe não que...
Quando olhei para seu rosto, era incrível! Quer dizer, não era o Joe, e aquele garoto não era nada parecido com ele, nem aqui e nem em nenhum lugar!
- Como? – o garoto disse com um olhar de dúvida.
Eu apenas continuei paralisada. Eu estava perdida em seus olhos, sonhando em seu sorriso, deslizando entre os fios de seu cabelo liso e brilhante, parecia tão macio...
- Ahn? – ele permaneceu esperando uma resposta.
- É que... é... – as palavras pareciam não querer sair.
Por mim eu ficaria a tarde toda o-admirando, ele era tão encantador.
- Você está bem? – ele soou as palavras suavemente, me causando um certo conforto interior, me deixando mais paralisada ainda. Sua voz transmitia preocupação.
- Me desculpe, eu acho que... – de repente tudo começou a girar, as luzes foram ficando mais fracas, então apaguei.
Perdi-me naquele garoto, Me entreguei inteiramente à ele. Meu corpo me traía, não agüentava. Ele era incomum, tinha algo nele que eu precisava descobrir.
Abri os olhos lentamente, quando eu belo rosto me assusta. Era ele sorrindo pra mim, e eu estava em seus braços. Sentado em uma das cadeiras ele acariciava meus cabelos, tão carinhoso com alguém que ele mal conhece.
- Enfim, você acordou. – ele disse. Sua voz era doce, suave e lenta. Ele era tão calmo, e ao mesmo tempo muito preocupado.
Eu só conseguia admirá-lo sem parar, deixando um leve sorriso de lado escapar.
- Como está se sentindo?
- Bem... – Eu disse, em voz baixa.
seus olhos eram um verde incrível, brilhava como nunca. Era impossível tirar os olhos dele.
- Você está mesmo bem? Vamos, levante-se...
Ele me pegou pelas mãos e me ajudou a levantar.
- Prazer, Elliot.
- Ah, Brooke - fiquei paralisada ali, olhando para ele. Eu não conseguia soltar sua mão.- Pode soltar minha mão agora - ele alertou.- Sinto muito. - sentia minhas bochechas ficarem rosadas.- Quer tomar um sorvete?Fiquei surpresa com sua pergunta, e logo respondi:- Adoraria.
Ele era tão misterioso, que me fazia ter vontade de ficar cada vez mais tempo com ele, para descobrir quem ele realmente é.
Já anoitecendo, eu precisava voltar para casa, então ele me levou até metade do caminho.
- É isso, eu posso ir sozinha a partir daqui. – sorri.
- Mesmo? Não vai desmaiar? – ele abriu um sorriso torto.
- Á, prometo que não vai acontecer de novo! – permaneci sorrindo.
Elliot olhou profundamente nos meus olhos, sem parar. Ele me admirava, e isso me fazia sentir medo.
Depois de alguns segundos, ele disse:
- Nos vemos novamente?
- Claro...
- Me empresta seu celular!
Tirei-o do bolso, e entreguei em sua mão. Ele era tão frio.
Ele anotou meu número, e me devolveu. Colocou as mãos no bolso e estendeu seu celular para mim:
- Agora anota o seu.
- Ok.
Peguei o celular de sua mão, e anotei.
- Aqui está! Prontinho.
Ele sorriu:
- Até breve.
Me deu um suave beijo na testa, e virou as costas. Me deixou lá, parada e sozinha, admirando-o ir embora, como uma garotinha que acaba de se perder dos pais.
Fiquei ali na mesma posição, até ele sumir de vista.
Voltei para casa, e nem lembrava de Joe, que devia estar se perguntando aonde eu me meti, até agora.
Deitei na cama, e lá permaneci durante horas. Com meu pensamento apenas nele, ele tomou conta de mim, me dominou.